MINI BAFOS: A HISTORIA DOS MEUS MINIS

Pois é tudo começou quando um dia, ao nascer, dei por mim a andar num veículo azul, que os meus pais, pouco depois de se terem casado, tinham comprado, isto já lá vão pelo menos 30 anos (1977).

(MINI DOS PAPÁS)

É assim ou talvez não, que nasce a paixão pelo tal carro que nos faz sonhar tantas vezes, o MINI.

Depois de algum tempo, o MINI dos meus pais, foi pintado de vermelho e até tinha uns bancos desportivos (tipo baquet), que o meu pai mandou estofar na altura.

(Já nesta altura não batia muito bem da bola! )

(Ó pra mim a dormir ! )

Como o nível de vida estava a subir, a minha irmã mais nova tinha nascido e o carro estava a dar alguns problemas, decidiram vendê-lo, em 1986.

(A minha irmã)
(Dá para reparar nas baquets)

Com o dinheiro da venda (80 contos), puderam comprar um vídeo, para gravar os jogos do mundial de futebol, MEXICO´86.

É de referir que o carro em 76, tinha custado os mesmos 80 contos. É cómico, não é?

Dez anos depois, em 96, tirei a carta e na altura o carro da família era um Austin Montego, que na altura tinha levado um grande arranjo de pintura, mecânica, pneus etc... mesmo a calhar para ser o meu primeiro pópó.

Pois é, mas carros grandes só mesmo se forem bem potentes, e como tal bem “alimentados”, se o motor do Montego que era um evolução dos 1275c.c., com ignição electrónica e.... já bebia uns 10 litros sem grandes esforços, faço ideia, uma máquina bem potente.

(Se soubessem o que aprendi com este carro)

(Dá para reparar na foto de baixo, o carro a levantar a roda de tráz no ar)

Ora é nesta altura que a imaginação começa a funcionar e por ironia do destino aparece um MINI á venda, com um aspecto muito mauzinho, aqui perto de casa. Não é tarde nem é cedo, é já.

Telefono para o dono, e combino um dia para ir dar uma volta. Fui com mais uns colegas meus de escola para me levarem até ao sítio para eu o trazer. O carro parecia estar fixe de motor (apesar de queimar muito mal), tinha os pneus fixes, e até estava inspecionado até ao ano seguinte.

Regatiei o preço, mais uma vez e negócio feito, (mesmo assim tiveram de me emprestar 500$00, para comprar o carro).

Documentos e papelada no bolso, e aqui vou eu para a maior aventura da minha vida até aquele dia. Apesar dos comentários depreciativos, tipo – “ Um MINI, isso é um espectáculo, um bocado de rede nos vidros e dá um bruto galinheiro...”- cagei na cena e mãos á obra.

Felizmente tinha a garagem dos meus pais livre no mesmo dia depois de algum trabalho, já não tinha grelha, faróis.....e por aí em diante.

Digo-vos que muitos meses depois (8 meses) e a maior parte das coisas apenas feitas por mim, com a ajuda de muitos amigos, tinha o carro pronto. Era outro carro - estofos novos, pintadinho á maneira (tenho de referir que o carro foi pintado por um vizinho meu que é pintor profissional), jantes BWA de 5,5 polegadas com pneus 165/70/10, piscas brancos, montes de manómetros, amortecedores novos, rádio da sony, com montes de colunas e sub-woofers, etc.... .

(Foi todo preparado por baixo com “anti-gravilha”)

(O mini depois de pintado)

(Aqui dá para ver os pneus bem mais largos )

Bruto “slide” !

O pessoal lá da escola curtiu mesmo o carro , mas algum tempo depois, e como parar é morrer, comecei a inventar de novo. O melhor era mesmo um motor 1300. Pois, essa é uma das alterações que todos gostamos, mas andar muito e travar pouco tambem não é bom, é que quatro travões de tambor, não travam mesmo nada.

Depois de muito desespero tive de me desfazer do MINI. Novos projectos estavam a caminho.

Desta vez, e para não me lembrar de coisas tristes posso-vos dizer que comprei um carro do qual gostei de tudo – MG METRO 1300 – é que tive um acidente do qual resultou um empeno do chassis e coitado do carro limitou-se a alimentar esperanças que novos projectos aparececem, e bem rápido.